Turismo de Maringá apoia redução de ICMS sobre o combustível dos aviões
O Maringá e Região Convention & Visitors Bureau (CVB), organização da iniciativa privada para promover o turismo na cidade, com cerca de 160 associados, organizará uma comissão para se reunir com a governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP/PR), e defender a redução da alíquota de ICMS sobre o combustível dos aviões, atualmente de 18%.
A iniciativa foi divulgada hoje (13) pelo vice-presidente para Entretenimento e Lazer do CVB, João Vitor Lima Mazzer, durante encontro com o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz, na Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM).
Sanovicz fez uma palestra sobre os desafios da aviação no Brasil e apresentou dados específicos do estado do Paraná. O evento foi realizado pelo CVB e pelo Conselho Municipal de Turismo de Maringá (CMTur). O deputado federal Ricardo Barros (PP/PR) também participou do encontro, além do presidente do CVB, Alysson Thomasi, entre outros representantes do turismo local.
Sanovicz apresentou dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) sobre o número de decolagens que partem do estado: de 2015 a 2017 houve queda de 13% nos voos domésticos. As partidas recuaram de 55,6 mil para 48,1 mil, nesse período. Ele ressaltou que essa queda foi reflexo da crise que atingiu a aviação comercial, que entre agosto de 2015 e março de 2017 registrou 19 meses consecutivos de retração de demanda.
“Sempre que houve acordo de ICMS sobre o querosene de aviação houve uma contrapartida. Quando as condições melhoram, os números passam a ser mais positivos, em toda a cadeia”, afirmou Sanovicz, acrescentando que também é importante a captação de eventos e de congressos na cidade e no estado para atrair mais visitantes e estimular o maior consumo de serviços e produtos.
Além da crise, outro fator que influenciou a desaceleração no fluxo de voos domésticos no Paraná foi a elevação da alíquota de ICMS sobre o combustível da aviação, adotada pelo governo estadual em abril de 2015, de 7% para 18%. “A medida veio na contramão da prática de outros estados que adotaram a redução para ajudar na retomada dos voos. O combustível é o maior custo das empresas e esse aumento gera um grande impacto”, disse Sanovicz.
Os dados mais recentes sobre o impacto da aviação comercial no Paraná mostram que o setor contribuiu com a produção de R$ 11,2 bilhões para a economia local, além da geração de 234 mil empregos e da arrecadação de R$ 878 milhões em impostos. O levantamento foi elaborado pelo “Voar por mais Brasil – Os benefícios da aviação nos estado”, estudo da ABEAR em parceria com a consultoria GO Associados, do economista Gesner Oliveira.
Para saber mais, acesse a íntegra do estudo no link.