Tarifas aéreas domésticas recuam 2,2% no 4º trimestre de 2019

As tarifas aéreas médias reais (corrigidas pela inflação) em voos domésticos registraram redução de 2,2% no quarto trimestre de 2019, em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Segundo o levantamento, o preço médio das passagens efetivamente comercializadas pelas companhias aéreas brasileiras nesse período passou de R$ 440,60 para R$ 430,73. O trimestre abriu com alta de 6,84% em outubro, seguida de baixas de 7,41% e 5,75% em novembro e dezembro, respectivamente.

Entre janeiro e dezembro do ano passado, 6,4% dos bilhetes aéreos foram comercializados com preços abaixo de R$ 100,00 e 46,1% com tarifas inferiores a R$ 300,00. Os bilhetes vendidos por valores até R$ 499,00 foram 70,6% do total. Já as passagens com preços acima de R$ 1.500,00 representaram apenas 1,5% do total, de acordo com a ANAC.

Levantamento feito pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), com dados da ANAC, indica que a oferta de assentos no quarto trimestre de 2019 cresceu 8,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, apesar do encerramento das operações da AVIANCA Brasil em abril último. Na mesma comparação, o número de decolagens em voos domésticos cresceu 2,7%.

Acumulado

Segundo a agência reguladora, no acumulado entre janeiro e dezembro, a tarifa média real das passagens aéreas no Brasil (corrigidas pela inflação) foi de R$ 420,87, aumento de 8% em relação a 2018. O valor, no entanto, é 3,3% inferior ao registrado nos 12 meses de 2014, antes do aprofundamento da crise econômica, e 9,1% menor que em 2010.

A ANAC destaca que 2019 foi impactado pelo fim das operações da AVIANCA Brasil, em abril, e pelo aumento de custos no setor.

O querosene de aviação (QAV), que representa mais de 30% dos custos e despesas operacionais das companhias aéreas, teve média de preço 1,1% superior ao observado em 2018. Além disso, a taxa de câmbio média, em 2019, teve valorização de 8% frente ao real em comparação com o ano anterior. Mais da metade dos gastos operacionais do transporte aéreo é diretamente influenciada pela cotação da moeda norte-americana.

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