Adiamento das obras da pista principal do Aeroporto Santos Dumont (RJ)
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) é contra o repentino adiamento das obras da pista principal do Aeroporto Santos Dumont (RJ), previstas entre 12 de agosto e 11 de setembro. Diversas reuniões de coordenação entre Infraero, Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e as companhias aéreas aconteceram desde 2018 com todos os cenários exaustivamente estudados para minimizar o impacto aos passageiros.
A obra é necessária para recuperar a CPA (Camada Porosa de Atrito) da pista principal, imprescindível para a operação das aeronaves no Santos Dumont.
De maneira positiva, a anuência da execução da obra pela ANAC foi dada levando em consideração as condições atuais da pista auxiliar, proibindo as operações de aeronaves turbo-jato e permitindo turboélices.
Para a aviação comercial brasileira, a decisão unilateral da Infraero de mudar a programação na execução da obra é incorreta e gera incertezas, pois saímos de um cenário planejado para um indefinido, sem a clareza de uma nova data, o que acaba sendo prejudicial para consumidores, cidade e Estado do Rio de Janeiro.
Somos contrários à mudança porque :
- O planejamento da obra foi baseado em dados estatísticos que mostram que o período escolhido era o de menor incidência de chuvas na cidade do Rio de Janeiro, ou seja, menos prejudicial para o andamento da obra e a eficiência do setor.
- O planejamento inicial das obras entre 12 de agosto e 11 de setembro também levou em consideração evitar transtornos com a grande movimentação de passageiros durante eventos como a Copa América e Rock in Rio, que são importantes para a economia da cidade e do Estado.
- As companhias aéreas, com a intenção de prestar o melhor serviço aos seus usuários, planejaram a transferência da operação para o Aeroporto do Galeão, durante o período de obras no Santos Dumont, para garantir a prestação do serviço, evitando voos alternados que geram transtornos aos usuários.
- A transferência da operação para o Aeroporto do Galeão envolveu treinamento de equipes em solo, pedidos de autorizações de pouso e decolagem (slots) nesse aeródromo, retirada de venda de passagens que incluíam o Santos Dumont no período de obras, remanejamento de malha aérea e tripulações, entre outras medidas já tomadas.