Palestra aborda sistema de gerenciamento de fadiga
Prestar informações sobre a mais recente ferramenta de gerenciamento de segurança operacional – o Sistema de Gerenciamento de Risco de Fadiga – foi tema de debate hoje no “Por Dentro da Aviação”, série de palestras promovidas pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), para os jornalistas conhecerem um pouco mais da aviação comercial.
De acordo com o comandante Ronaldo Jenkins, diretor de segurança e operações de voo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), a ferramenta tem a função de monitorar e gerenciar a influência do cansaço nas operações, com a finalidade de melhorar processos e mitigar eventuais impactos, tendo em vista que a fadiga não pode ser eliminada ela deve ser gerenciada.
Com base em dados apresentados no evento, o Sistema de Gerenciamento de Risco de Fadiga (SGRF) já foi implantado nos Estados Unidos neste ano e entrará em vigor na Europa em 2016, após anos de estudo, aliado a colaboração e validação dos respectivos órgãos reguladores.
“As companhias brasileiras estudam o sistema de fadiga há alguns anos. Ele é trabalhado de forma direcionada, com foco nas escalas de voo dos aeronautas e com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos tripulantes e ao mesmo tempo buscar uma maior produtividade, adaptando a realidade das empresas ao melhor desempenho de seus profissionais”, disse Jenkins.
Segundo o especialista, a prevenção de fadiga deve ser gerenciada por meio de um sistema de escala de voos. “Para um voo ou uma série de voos, este sistema necessita estabelecer as horas a serem voadas, as jornadas de trabalho, os períodos à disposição da empresa e os períodos de repouso”.
Câmara
O SGRF é um dos itens que estão sendo discutidos entre as associadas da ABEAR (AVIANCA, AZUL, GOL e TAM) e o Sindicato dos Aeronautas, por meio de um grupo de trabalho composto por representantes de ambas as partes. Esse sistema também faz parte das discussões de um projeto de lei que tramita na Câmara para regulamentar a profissão da categoria.
“Temos uma Lei dos Aeronautas que possui mais de 30 anos e que possui diversos entraves para que possa ser atualizada. Em um setor tão ágil e dinâmico como o nosso, precisamos de alternativas que possibilitem esse dinamismo também refletido na lei. Nosso intuito é sempre melhorar nosso serviço e atender cada vez melhor nossos passageiros”, afirma Jenkins.
Assista a palestra: