CPB: “Parceria com a ABEAR vai aprimorar o atendimento às pessoas com deficiência”
Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons fala sobre as Paralimpíadas
Em 1997, o jornalista carioca Andrew Parsons teve o seu primeiro contato com o esporte paralímpico ao ingressar na assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). De lá para cá, ocupou diversos cargos até chegar à presidência, onde guiou o CPB para uma conquista histórica: o Brasil saltou do 9º lugar no quadro geral de medalhas (Pequim 2008) para a 7ª posição (Londres 2012). Neste ano, a meta é o país ser o quinto colocado.
Em entrevista à Agência ABEAR, Parsons fala sobre a parceria firmada no ano passado entre a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) e o CPB, com o objetivo de aprimorar o atendimento às pessoas com deficiência, não somente durante as Paralimpíadas (7 a 18 de setembro), mas para deixar um legado para o país.
De que forma a parceria firmada ente a ABEAR e o CPB pode contribuir para o bom andamento das Paralimpíadas de 2016? Qual a sua expectativa?
A parceria vem incrementar e reforçar o atendimento das pessoas com deficiência, dos que vão competir e dos que vão acompanhar os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Nossa expectativa é a melhor possível. Antes dos jogos é fundamental preparar o mercado, o que inclui as empresas aéreas. Aprimorar o nível do atendimento às pessoas com deficiência. Nessa relação de consumo, de um mercado como o aéreo que cresce tanto, que é um meio de transporte do dia a dia, é muito importante dar nossa parcela de contribuição. Incrementar a experiência de voo das pessoas com deficiência por meio da ajuda dos nossos atletas.
O legado das Paralimpíadas irá deixar o país em outro patamar em questão de acessibilidade?
Sim, os Jogos servirão como catalisadores, sobretudo após a aprovação da Lei Brasileira da Inclusão – o Estatuto da Pessoa com Deficiência, no ano passado. Os Jogos Paralímpicos não são um fim, mas um passo adiante, ajudando a botar a questão da acessibilidade na mídia e na agenda das autoridades.
Quais os planos e objetivos do CPB para os jogos no Brasil?
Nós temos objetivos ousados. Queremos chegar em quinto lugar no quadro geral nos jogos do Rio de Janeiro. Esse é um planejamento feito desde 2009. Para atingir essa meta há grande preparação, pois enfrentaremos grandes potências. O Brasil tem o direito de se sonhar potência em vários campos de atividade, tanto no esporte, quanto no setor de aviação, para incluir ainda mais as pessoas com deficiência.