ABEAR: Política de SAF é urgente para o alcance de metas ambientais da aviação

Jurema Monteiro (ABEAR), Ana Toni (secretária Nacional de Mudança do Clima), Monique Ferreira (chefe de gabinete), Ana Paula Cavalcante (coordenadora-geral (indicada) de Articulação e Governança sobre Mudança do Clima) e Marcelo Pedroso (IATA) (Foto: ABEAR/Divulgação)

 

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) e a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) realizaram encontros com pastas do Poder Executivo Federal para tratar de um tema de grande atenção do setor aéreo: a produção de combustível sustentável de aviação (SAF) no Brasil. A presidente da ABEAR, Jurema Monteiro, e o diretor de relações externas da IATA no Brasil, Marcelo Pedroso, estiveram com Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e com Ana Toni, secretária Nacional de Mudanças do Clima, do Ministério do Meio Ambiente.

Os secretários responderam positivamente ao pleito do setor aéreo da criação de uma política para a produção de SAF, buscando aproveitamento do potencial energético e agrícola do País. “Esse tema é muito relevante para o desenvolvimento do Brasil e vamos apoiar a construção dessa política. O setor pode contar com a nossa secretaria para essa discussão e vamos colaborar por uma solução que contemple toda a complexidade do tema”, afirmou Moreira.

A secretaria Ana Toni, demonstrou forte interesse em apoiar a construção dessa agenda, buscando trazer o racional necessário para o alcance de metas ambientais “Nosso desafio é tornar a sustentabilidade uma prioridade para o Brasil, e a construção de uma política de SAF deve ser avaliada por diferentes setores produtivos para que esteja alinhada às melhores práticas internacionais. Estaremos juntos nessa agenda”, comentou.

A coordenação da construção de uma política de SAF é feita pelo Ministério de Minas e Energia. Em reunião realizada em fevereiro com o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Pietro Mendes, o setor levou as informações sobre o cenário atual.

Segundo Jurema Monteiro, o SAF representa 65% do conjunto de medidas para zerar as emissões do setor aéreo até 2050. Outros 19% equivalem a medidas de compensação, como a captura de carbono, seguidos por 13% de novas tecnologias. Por último, 3% são de infraestrutura e operações.

“Temos defendido o alinhamento do mercado brasileiro de SAF com as regras internacionais. Acima de tudo, é necessário que haja um diálogo com o governo para que possamos construir conjuntamente políticas públicas de SAF no país. Temos diversidade de rotas tecnológicas e disponibilidade de biomassa, condições que podem levar o país a ser pioneiro e o maior produtor de SAF em todo o mundo”, afirma Jurema.

Jurema Monteiro (ABEAR), Uallace Moreira (secretário de Desenvolvimento Industrial do Ministério de Desenvolvimento/MDIC), Luis Felipe Giesteira (Diretor do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta Complexidade Tecnológica/MDIC) e Marcelo Pedroso (IATA) (Foto: ABEAR/Divulgação)

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