ABEAR e FRENLOGI discutem avanços necessários para consolidação da aviação regional no Brasil
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz, reuniu-se hoje (25) por videoconferência com o senador Antônio Anastasia (PSD – MG), líder da câmara aeroportuária da Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (FRENLOGI), formada por senadores e deputados federais. Sanovicz apresentou ao senador as principais agendas do setor aéreo para a retomada, tendo como destaque a necessidade de um programa para consolidar a aviação regional no País. O diretor de relações externas da Associação Internacional do Transporte Aéreo no Brasil (da sigla em inglês IATA), Marcelo Pedroso, também participou da reunião.
Sanovicz iniciou a conversa contextualizando o atual momento do setor em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Neste de novembro 60% da malha aérea já está operando e em dezembro deve chegar a 70%. Na sequência, iniciou a pauta sobre a aviação regional, destacando três novas empresas deste segmento que acabaram de se associar à ABEAR: ABAETÉ, ASTA e RIMA. “Eu creio que a agenda da aviação regional tem uma relevância enorme, principalmente para o Sr. Senador que representa um estado com muitos municípios. E nós estamos começando um debate, que ainda é inicial, com a Secretaria de Aviação Civil, para propor a construção de uma política de aviação regional”, disse o presidente. Para ele, será essencial discutir este tema junto ao Congresso Nacional.
“A ideia de fazer um programa de aviação regional envolvendo o governo, as empresas que já existem e as que virão com o apoio da ABEAR, terá sucesso total aqui no Congresso. Há um sentimento dos parlamentares que existe uma lacuna na infraestrutura do país muito grave que é a conexão de pequenas e médias cidades”, disse o senador. Segundo ele, nos últimos anos o Brasil avançou em temas como a concessão de aeroportos para a iniciativa privada, a maior conectividade dentro do país, mais voos para o exterior, mas a aviação regional não evoluiu no mesmo ritmo.
O presidente da ABEAR também destacou temas legislativos importantes para a retomada do setor: a votação no Congresso da MP do leasing de aeronaves (para que o imposto volte a ser zerado para os arrendadores) e que o setor seja convidado a contribuir com o projeto da reforma tributária. “O ideal para a aviação brasileira seria alinhar o modelo tributário nosso ao modelo internacional. Queremos que a aviação no Brasil tenha as mesmas condições de custos e tributos que tem na América, nos Estados Unidos”, disse o presidente da ABEAR. O alto preço do querosene de aviação no País e o excesso de judicialização no setor também foram citados pelo presidente da ABEAR como gargalos que afetam a aviação brasileira.
O senador colocou-se à disposição para apreciar os temas. “É muito importante que a ABEAR identifique concretamente qual é a melhor solução para nós ajudarmos. Contem com meu apoio para referendarmos a importância do setor aéreo e as pautas encaminhadas junto ao governo e a Casa Civil”, afirmou Anastasia.