ABEAR e BOEING revelam os vencedores do Prêmio de Jornalismo Aviação do Futuro

Luciana Dyniewicz (O Estado de S.Paulo), Edmundo Ubiratan Fernandes (Aeromagazine) e João Paulo S. Nascimento (Rádio Cultura FM), no centro da imagem, foram os vencedores da primeira edição do prêmio (Foto: Vinicius Andrade)

Foram revelados hoje (4), em Brasília (DF), os vencedores da primeira edição do prêmio de jornalismo Aviação do Futuro, promovido pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) e a BOEING. A abertura do evento contou com a participação da presidente da ABEAR, Jurema Monteiro, do gerente de comunicação da BOEING, Nicolás Morell Gonzalez, do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e do deputado e relator do PL Combustível do Futuro na Câmara, Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).

“Quero parabenizar os vencedores e todos os jornalistas que se inscreveram no Prêmio BOEING ABEAR – uma iniciativa que tem o objetivo de reconhecer as melhores reportagens sobre a jornada de descarbonização do setor aéreo no Brasil. A divulgação de informações precisas e consistentes contribui de forma inestimável para melhorar a compreensão e o debate sobre esta agenda fundamental para o futuro do planeta”, disse a presidente da ABEAR, Jurema Monteiro.

Segundo ela, o Brasil reúne todas as condições para liderar a produção de SAF (Combustível Sustentável da Aviação). “Com ampla expertise na fabricação de biocombustíveis, nosso país possui tecnologia e matéria-prima para produzir 9 bilhões de litros de SAF por ano – volume superior aos 6,5 bilhões de litros de QAV consumidos anualmente. Confirmadas as projeções, atenderemos à demanda nacional e viabilizaremos a exportação para o mercado internacional, gerando riquezas para o país”, acrescentou.

“A BOEING tem orgulho de realizar esse prêmio de jornalismo em parceria com a ABEAR. Vivemos em uma era em que a discussão da pauta verde é essencial e o jornalismo tem o poder de mostrar esse esforço da indústria, dos desafios para reduzir as pegadas de carbono no mundo. Esperamos que todas as reportagens participantes do Prêmio, e não somente as premiadas aqui, possam inspirar e incentivar a discussão em toda a sociedade sobre a construção de um mundo mais verde e sustentável”, pontuou Morell Gonzalez.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, reforçou o potencial do Brasil na produção de SAF e destacou a importância do diálogo entre os atores do setor e o Governo Federal. “O Brasil, sem dúvida, é um grande ativo no mundo da pauta verde. Tenho certeza que podemos ser o maior produtor de SAF: temos uma grande capacidade de produção e uma excelente matriz energética. Precisamos ter capacidade de unir forças e agendas conjuntas neste tema. O ministério deve criar nos próximos dias um Grupo de Trabalho conjunto com a ABEAR, Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e Ministério de Minas e Energia para que possamos debater essa agenda da sustentabilidade, com intuito de analisar o mercado e todas as plantas energéticas já presentes no Brasil. Dessa forma integrada poderemos evoluir de forma única. Não tenho dúvidas de que o Brasil vai liderar um novo ciclo e ser protagonista em relação ao combustível sustentável da aviação”, disse o ministro.

Já o deputado Arnaldo Jardim destacou a sinergia com a ABEAR nas discussões do PL do Combustível do Futuro na Câmara. “O trabalho que fizemos contou com um diálogo permanente com a ABEAR, para fazermos uma série de aperfeiçoamentos. São desafios crescentes que iremos enfrentar. Os eventos climáticos serão cada vez mais severos. Hoje temos uma produção anual de 600 milhões de litros de SAF no mundo, o que representa somente 0,5% do consumo global. Não tenho dúvida que a meta volumétrica de produção será alcançada. Todos nós sabemos que o SAF é mais caro que o fóssil hoje, pela produção ainda pequena. Tenho a convicção que teremos menores custos com o passar do tempo, o que aconteceu também com o etanol, que era mais caro que a gasolina, e a energia eólica, que era mais cara, e depois tiveram seus preços reduzidos. Temos a capacidade de produzir 9 bilhões de litros de SAF e teremos excedente, tornando o Brasil um país exportador. O Brasil já está na vanguarda da economia verde”, afirmou o deputado.

Premiados
A grande vencedora do Prêmio de Jornalismo Aviação do Futuro foi a jornalista Luciana Dyniewicz, do jornal O Estado de S.Paulo, com a reportagem “Combustível verde de aviação: entenda como o Brasil pode se tornar líder na produção do SAF”. Em segundo lugar ficou o jornalista Edmundo Ubiratan Fernandes, da revista Aeromagazine, com a matéria “O futuro dos combustíveis”. O jornalista João Paulo Seabra Nascimento, da Rádio Cultura FM do Pará, ficou na terceira colocação, com a série “Aviação do futuro” (Episódio 1, Episódio 2 e Episódio 3).

Com a palavra, os vencedores:

“Estou muito feliz em receber este prêmio, que traz à tona um tema importante para toda a sociedade, que é a sustentabilidade. Quando a BOEING e a ABEAR criam uma iniciativa desse tipo isso acaba estimulando a produção de materiais de qualidade no nosso jornalismo. Quero agradecer os organizadores e parabenizá-los por essa iniciativa”
(Luciana Dyniewicz)

“O avanço da tecnologia alinhado à sustentabilidade sempre é um tema que me atrai muito. É interessante você analisar esses avanços, de como um avião da BOEING de hoje utiliza muito menos combustível que um fabricado há 60 anos, por exemplo. Agradeço a ABEAR e a BOEING por este reconhecimento”
(Edmundo Ubiratan Fernandes)

“Desde que vimos a abertura das inscrições para o Prêmio não titubeamos em nos inscrever. Belém já respira sustentabilidade na esteira da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30) que acontece na cidade ano que vem. Foi um trabalho de cinco meses, em que ouvimos mais de 30 pessoas para construir esta série. Foi uma reportagem complexa e minuciosa e acredito que este prêmio tem vários méritos, incluindo de tirar todos os jornalistas da rádio da zona de conforto, de pautas usuais, e explorar um tema novo. Este reconhecimento nos incentiva a seguir cobrindo o tema”
(João Paulo Seabra Nascimento)