ABEAR celebra aprovação do uso do querosene de aviação tipo JET A no Brasil

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) celebra a aprovação do uso do querosene de aviação (QAV) JET A no Brasil, que poderá resultar numa economia anual de no mínimo US$ 10 milhões para as companhias aéreas que operam no país. A iniciativa da ANP foi oficializada por meio da alteração da Resolução nº 778, de 2019, que estabelece as especificações dos QAVs fósseis e alternativos, e foi aprovada pela diretoria colegiada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no dia 21 de outubro.

A principal mudança é a introdução, no país, do QAV JET A, comercializado no mercado internacional, que agora poderá ser importado e produzido nas refinarias do país, ampliando a oferta de combustíveis. As especificações propostas permitem ainda a manutenção do querosene JET-A1, utilizado atualmente.

“Parabenizo a iniciativa da ANP, que tem que ser celebrada, pois contribuirá para a redução dos custos estruturais do setor, que desafiam a aviação no momento em que estamos registrando uma retomada da operação aérea. Seguiremos enfrentando os desafios que ainda compõe o custo Brasil, que nos mantêm mais caros que outros mercados ao redor do mundo, para garantir que a recuperação do setor aéreo seja consistente”, afirma o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz, ressaltando que a medida da ANP está em linha com a pauta permanente de enfrentamento de custos estruturais do setor aéreo, como a alta do QAV, os sucessivos recordes de cotação do dólar em relação ao real e a carga tributária. De acordo com o presidente da ABEAR, são desafios que podem inibir uma retomada mais consistente da operação aérea.

ANP

A proposta de modificação foi aprovada por unanimidade, após o parecer favorável da relatora, diretora Symone Araújo. “Eu sigo o voto da relatora, destacando que essa medida pode dar como contribuição uma redução dos custos dos operadores aéreos e com o respectivo impacto esperado na redução das tarifas aéreas”, afirmou o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboya. “Em uma solução regulatória se disponibilizam dois produtos que podem concorrer entre si, ou não, mas que trazem opções para o mercado”, acrescentou o diretor da ANP, Dirceu Amorelli.

O Jet A é o único combustível disponível atualmente nos Estados Unidos e em diversos países da América Central e Caribe, e coloca o Brasil ao lado dos maiores mercados produtores mundiais. A alteração ampliará as possíveis origens de importação e o potencial para futuras reduções nos custos dos combustíveis de aviação. A medida é também mais um passo para a melhoria da competitividade e busca por mais eficiência, que será refletida positivamente ao longo da retomada da conectividade doméstica e internacional do país e no enfrentamento dos custos estruturais do setor.

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