A arremetida é considerada uma operação normal e serve para preservar a segurança do voo
Você sabia que cerca de 1% das aproximações para o pouso na aviação comercial mundial terminam em arremetida? O procedimento é considerado uma condição operacional normal, que tem por objetivo preservar a segurança do voo.
De acordo com o comandante Paulo Roberto Alonso, consultor técnico da ABEAR, o pouso nada mais é que a descontinuidade de uma arremetida, uma operação prevista em todos os voos. “Os pilotos são instruídos a checarem todos os procedimentos antes do início da descida da aeronave: aproximação, pouso e arremetida. Todos esses procedimentos são inseridos no computador de bordo”, diz.
O especialista afirma que existe uma mistificação em torno do assunto, pois algumas pessoas acreditam que o avião arremete por conta de algum problema com aeronave ou porque algo grave está acontecendo, o que não é verdade. “O procedimento é realizado por segurança e os motivos variam. Pode ocorrer quando há excesso de vento, condições meteorológicas desfavoráveis, presença de algum objeto ou outra aeronave na pista, ou até mesmo o aparecimento de aves pode ser decisivo”, afirma.
Se o piloto identificar a necessidade de arremeter a aeronave, acrescenta Alonso, essa decisão tem de ser comunicada para um órgão de controle, pois se trata de uma ação que deve ser de conhecimento de todos.
“Esse contato vai depender da fase (dentro da trajetória de aproximação) em que o voo se encontra. Caso ele esteja enxergando a pista, a informação será passada para a torre de controle. Se ele estiver um pouco mais distante (durante o procedimento de aproximação por instrumentos), quem será informado é o controle de área terminal (APP)”, diz Alonso.
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