ABEAR debate perspectivas da aviação no Aviation Day Brasil
Nesta quinta-feira (1), lideranças da aviação se reuniram no Aviation Day Brasil para debater as perspectivas do segmento. O evento é uma realização da Associação Internacional de Transportes Aéreos – IATA e promovido em parceria com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas – ABEAR, a Associação de Transporte aéreo da América Latina e Caribe – ALTA, e Junta dos Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil – Jurcaib.
Eduardo Sanovicz, presidente da ABEAR, participou da abertura e ressaltou a importância da realização do Aviation Day para fortalecer, inovar e apontar uma aviação para 2030. “A nossa meta é dos 100 milhões irmos para 200 milhões de passageiros”, explicou. Sanovicz também defendeu uma aviação integrada com o ambiente internacional de negócios, trabalho e regulatório. “Queremos que o consumidor brasileiro tenha acesso ao ambiente que os consumidores têm acesso no resto do planeta. Podemos construir isso trazendo o preço do combustível de aviação no Brasil para os padrões internacionais, por exemplo.”
Peter Cerda, vice-presidente regional da IATA nas Américas, também trouxe para o debate a questão sobre o combustível de aviação, que se encontra na fila de pautas do Senado para votação. “No Brasil, o combustível é um dos mais caros do mundo, colocando as companhias aéreas em desvantagem competitiva”, observou Cerda.
Os presidentes das companhias aéreas do país compuseram o último painel do dia, “Desafios 2020 – Perspectiva Brasileira”. Carlos Ozores, ICF, mediou o debate entre Frederico Pedreira, presidente da AVIANCA Brasil; Antonoaldo Neves, presidente da AZUL Linhas Aéreas; Paulo Sérgio Kakinoff, presidente da GOL; e Claudia Sender, presidente da LATAM.
Entre as pautas abordadas, as propostas do projeto do Código Brasileiro de Aeronáutica ganharam destaque. A liberdade tarifária da bagagem, um dos itens do código, poderá alinhar a aviação brasileira com as regras internacionais, podendo oferecer uma aviação mais acessível. A questão da taxa de ICMS também foi abordada pelas companhias aéreas como ponto central na discussão de competitividade do setor no Brasil. Já que, reduzindo o ICMS, as empresas aéreas poderão conseguir oferecer mais voos e consequentemente trazer mais desenvolvimento e geração de renda e arrecadação para os estados.