Proposta das aéreas: garantia de emprego para 2016
Durante rodada de negociações da Convenção Coletiva de Trabalho 2015/ 2016 de aeronautas e aeroviários realizada hoje (10/12), o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) propôs garantir empregos na aviação comercial até 30 de novembro de 2016, próxima data base das categorias, considerando que a crise econômica impossibilita proposta de reajuste salarial no momento.
Com critérios a serem definidos entre as partes, esta foi a alternativa encontrada pelas empresas, em razão da deterioração do panorama político-econômico que está impactando fortemente as operações das aéreas, sem perspectivas de melhora para 2016 e 2017. No acumulado de agosto a outubro, a retração na demanda do transporte aéreo doméstico foi de 2,5% em relação ao mesmo período no ano anterior.
As empresas representadas pelo SNEA empregam quase 60 mil pessoas diretamente e são responsáveis por quase 800 mil postos de trabalho de forma direta, indireta e induzida. Garantir empregos é inédito no setor aéreo e representa o esforço possível, mesmo com uma forte possibilidade de reestruturação operacional em razão da crise.
O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a Federação Nacional de Trabalhadores em Empresas de Transporte Aéreo (FNTTA) e a Federação Nacional de Trabalhadores em Aviação Civil (FENTAC) recusaram a proposta do SNEA e nova rodada de negociações entre empresas e trabalhadores acontece no dia 17 de dezembro.