Setor aéreo e Casa Civil abrem mesa de debates com o governo em busca de soluções para a alta do QAV
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) participou hoje (31) da primeira reunião da mesa de debates permanente com o governo para buscar soluções para a disparada do preço do querosene de aviação (QAV), item de maior ineficiência econômica da aviação comercial. A reunião foi realizada com a Subchefia de Análise Governamental da Casa Civil, coordenada por Eduardo Aggio de Sá. Também estiveram presentes no encontro representantes das empresas aéreas, da Associação Latino-americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) e da Junta dos Representantes das Companhias Aéreas Internacionais no Brasil (JURCAIB).
“O governo está sempre à disposição de um diálogo aberto, franco, objetivo e propositivo para que possamos verificar como aumentar a competitividade do Brasil e como tornar o país mais próspero”, afirmou o subchefe de Análise Governamental da Casa Civil, Eduardo Aggio de Sá. Durante a reunião, foi sugerida a criação de um grupo de trabalho com todos os participantes para ampliar a transparência e a competição no mercado de combustíveis.
O presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz, apresentou um diagnóstico do setor aéreo e os principais gargalos que impedem uma retomada vigorosa da aviação comercial, que ainda enfrenta os impactos da maior crise de sua história, deflagrada pela pandemia do novo coronavírus. Sanovicz e demais participantes da reunião também destacaram a alta do preço do QAV, que de janeiro a maio acumula alta de quase 49%. No ano passado, o QAV registrou aumento de 92% em comparação com 2020. A preocupação com a carga tributária e com a valorização do dólar em relação ao real também foi discutida com o representante da Casa Civil, já que mais de 50% dos custos do setor são dolarizados.
“Essa reunião é o primeiro passo de muitos outros que a ABEAR e demais entidades representativas da aviação comercial darão no sentido de ampliar o debate e a interlocução com o governo, em busca de soluções que minimizem o impacto do Custo Brasil para o setor. Somente dessa forma poderemos buscar uma retomada consistente da operação aérea, voando cada vez mais e transportando mais pessoas para destinos ainda desatendidos, contribuindo com o desenvolvimento do país”, afirmou Sanovicz.
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